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Não se sabe ao certo onde e quando surgiu o Tarot, por falta de documentos e resultados arqueológicos, não fica claro a comprovação da sua criação. O Tarot pode ter sido criado por ciganos e bruxos ou sábios cristãos, árabes e judeus, pode ser uma síntese da antiga Índia e do Egito, ou que o seu surgimento ocorreu no norte da Itália e alcançou o sul da França, pode ter sido criado por mestres do ocultismo e da magia, especulações e ideias é o que não faltam.
O que se sabe é que em 1781 Court de Gébelin, pastor da Igreja Reformada, um ocultista e arqueólogo francês, resgatou o Tarot para as elites européias. Ele descreve as cartas como um síntese de religião, filosofia e história da criação do mundo.
Com certeza, as primeiras pessoas que entraram em contato com as cartas, se debruçaram sobre elas, as estudaram e identificaram sua simbologia contida nos desenhos, nos traçados, nas cores e números, fizeram associações com os acontecimentos da vida, para o que está oculto se esclareça, para diagnosticar o que está por vir, reconhecer o mal e os males da carne e do espírito, tendo assim ferramentas para lidar com o que está próximo, identificando através das cartas o passado, o presente e o futuro, enfrentando batalhas, as mazelas da vida, os desamores, enfim tudo que poderia fazer com que o desconhecido e o imprevisto pudessem atrapalhar, afetar ou destruir o equilíbrio.
- 22 chamadas de Arcanos Maiores, enumeradas de 1 a 21, a lâmina O Louco não recebe número. São elas: O Louco (rumo ao desconhecido, inconsciente e ingenuidade); I O Mago (início, tem a vontade de realizar); II A Papisa (receptividade passiva, reflexão); III A Imperatriz (fertilidade, poder de criação); IV O Imperador (ordem, poder de controle, austeridade); V O Sumo Sacerdote (moral e hierarquia); VI O Enamorado (escolhas, favorável para o amor); VII O Carro (triunfo, vontade de agir); VIII A Justiça (clareza, equilíbrio); IX O Eremita (prudência, isolamento voluntário); X A Roda da Fortuna (ciclo, início e fim, sorte e azar); XI A Força (força necessária para vencer, estratégias); XII O Enforcado (direção errada, sacrifício); XIII A Morte (transformação, perdas, revisão); XIV A Temperança (harmonia e proteção); XV O Diabo (tentação, poder material, sexual); XVI A Torre (poder do destino, corte, destruição); XVII A Estrela (harmonia, brilho, esperança); XVIII A Lua (retorno ao passado, as origens); XIX O Sol (sucesso, vitória); XX O Julgamento (colher os frutos); XXI O Mundo (portas abertas, conclusão).
40 lâminas enumeradas de 1 a 10 com os 4 naipes, Paus, Ouros, Espadas e Copas, possuem desenhos que as tornam com um maior grau de generalização, os naipes também estão relacionados aos 4 elementos, que são uma representação das forças e qualidades da natureza que compõe o universo; O Naipe de Paus (Elemento Fogo); O Naipe de Ouros (Elemento Terra); O Naipe de Espadas (Elemento Ar); e O Naipe de Copas (Elemento Água), e
16 lâminas com 4 figuras da corte: Rei dos 4 naipes (representam homens maduros, realizados e comprometidos, também estão relacionados ao elemento ar; Rainha dos 4 naipes (representam mulheres maduras e capazes, relação com o elemento água); Cavaleiro dos 4 naipes (representam pessoas entrando na idade adulta com rigor da conquista, relação com o elemento fogo); e Valete ou Pajens dos 4 naipes (representam crianças, adolescentes, jovens com talentos latentes, relação com o elemento terra).
Os Arcanos (segredos; mistério) Maiores é um conjunto simbólico (figura, sinal marca, etc) que reflete experiências arquetípicas (termo criado por Jung - Médico Psicanalista; 1875-1961, que correspondem as vivências ancestrais registradas no inconsciente e por conseguinte no inconsciente coletivo que são reveladas através dos sonhos e de todo tipo de arte nos possibilitando ter vários níveis e tipos de interpretações ).
Todos esses aspectos nos dá condições de encontrarmos mensagens e respostas através das cartas, porém é necessário ter um estudo minucioso, desde as cores que são atributos significativos para os âmbitos da emoção, razão, material, espiritual, como saber fazer uma análise das posturas e direções das figuras, dos objetos e de tudo que contém em cada carta.
O tarólogo, através do estudo e da prática terá condições de fazer uma ligação do consciente com o inconsciente e inconsciente coletivo, atingindo o melhor aconselhamento ou resposta diante uma questão em particular, para si ou outra pessoa.
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